SCRIPTURAE PRIMUM ET SOLUM
A ADORAÇÃO A JEOVÁ NA CONGREGAÇÃO
A administração da congregação cristã segundo as últimas instruções do Rei Yehoshuah Mashiah (Jesus Cristo)
Essas últimas instruções estão nas sete mensagens às sete congregações (Apocalipse capítulos 2 e 3). Esta seção responderá à pergunta se as congregações cristãs devem ter um centro global, localizado numa determinada cidade importante. A maioria das grandes religiões ou comunidades cristãs fizeram essa escolha de centralização global, em Roma, Jerusalém, Moscou e muitas outras grandes cidades do mundo. A questão é se esta é a maneira correta de administrar as congregações cristãs, conforme aparece na mensagem de Jesus Cristo, às sete congregações.
Cristo é a cabeça e o detentor supremo de autoridade dentro da congregação (1 Coríntios 11:3). Tem a congregação de ser administrada de maneira centralizada, como foi o caso nos dias dos apóstolos? Quando lemos o livro de Atos, não há dúvida de que a congregação cristã foi administrada na Terra de maneira centralizada em relação aos principais assuntos doutrinários; a autoridade dos apóstolos e de alguns anciãos, era exercida na cidade de Jerusalém (Atos 15). No entanto, para a administração cotidiana local, estava sob a autoridade dos anciãos da congregação (Hebreus 13:17). Na primeira carta aos coríntios dos capítulos 11 a 14, o apóstolo Paulo deu instruções específicas para a administração adequada da congregação cristã localmente.
Isso significa que atualmente devemos manter essa maneira de centralizar a administração da congregação cristã? Por exemplo, enquanto todas as congregações cristãs estão espalhadas por todo o mundo, seria necessário um quartel-general internacional, numa cidade específica do mundo, para administrar todas essas congregações, em questões doutrinárias? Para ter uma resposta, deixemos o chefe da congregação, o atual rei Jesus Cristo, responder.
A razão da centralização em Jerusalém
O motivo da centralização da congregação cristã em Jerusalém, deveu-se principalmente ao fato de Jesus Cristo ter designado 12 apóstolos que constituíam, o ponto de partida desta nova congregação cristã, em Jerusalém. De acordo com o relato dos Atos, principalmente após a morte do discípulo Estêvão, uma onda de perseguição dispersou os cristãos pelos quatro cantos do Império Romano, ao redor do Mar Mediterrâneo, até mesmo, muito mais tarde, a Babilônia (1 Pedro 5 :13). Os apóstolos e anciãos permaneceram em Jerusalém. No entanto, há dois fatores que contribuíram para o desaparecimento dessa centralização, particularmente na cidade de Jerusalém. A primeira é a morte dos doze apóstolos, que não deveriam, biblicamente falando, ter sucessores para manter essa centralização. A segunda é a destruição da cidade de Jerusalém, no ano 70 era comum, pelo general romano Tito. De modo que os cristãos não tiveram mais uma cidade emblemática que representasse essa centralização global.
Pouco antes de sua ascensão, Jesus Cristo deu as seguintes instruções aos seus discípulos: "Quando o espírito santo vier sobre vocês, receberão poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até a parte mais distante da terra" (Atos 1:8). Assim, nesta última instrução de Cristo, Jerusalém é designada como o ponto de partida duma campanha mundial de pregação que duraria até seu retorno, ou seja, pouco antes da grande tribulação (Mateus 24 e 25). Ele nunca designou uma cidade onde uma administração mundial cristã teria sido centralizada. O que é interessante notar sobre a Igreja Católica, cujo centro mundial está em Roma, o Papa se apresenta como sucessor do Apóstolo Pedro. O que implica claramente que essa centralização só foi justificada pela presença dos apóstolos. O segundo ponto é que, doravante, a nova administração das muitas congregações cristãs espalhadas pelo mundo foi transmitida ao último apóstolo vivo, João, pela mensagem às sete congregações.
Uma administração local de congregações cristãs
No capítulo 1 de Apocalipse, as sete congregações são representadas por sete candelabros. Os anjos que representam as sete congregações são designados pelas sete estrelas na mão direita de Cristo. Em Apocalipse 2 e 3, os encorajamentos, mas também as censuras, às vezes muito sérias, feitas por Jesus Cristo glorificado, são dirigidos aos sete "anjos" das sete congregações. É óbvio que os "anjos" em questão não são aqueles no céu que não têm tendência para pecar. Quem representam esses anjos responsáveis perante Jesus Cristo pela administração das congregações cristãs? Em Apocalipse 1:1, João nos informa que a Revelação foi transmitida a ele por meio dum "anjo" (ἄγγελος "angelos" (Concordância de Strong do G32): "Mensageiro, pastor”). Segundo o contexto, é óbvio que ele era um anjo celestial. Em Apocalipse 1:20, a mesma palavra "angelos" é usada para designar, desta vez um "anjo" humano responsável pela administração de uma congregação. Esses sete anjos, portanto, representam os mordomos, pastores ou mensageiros humanos responsáveis perante o rei Jesus Cristo pela administração da congregação local (La traducion Bible Chouraqui "messenger"), ("messenger" ("mensageiros), "líderes humanos" (humans leaders) Bíblia Expandida (EXB); (PALAVRA DE DEUS Tradução "mensageiro")) (1 Timóteo 3:1-7).
Esses "anjos" ou "mensageiros" são os intercessores entre Jesus Cristo e a congregação (Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e a humanidade (1 Timóteo 2:5)). Nesta visão, Jesus Cristo está no "Santo" do templo espiritual, o lugar habitual dos sacerdotes que queimavam incenso. Esses "anjos" ou "mensageiros" também são "sacerdotes" da congregação, ao serviço do sumo sacerdote Jesus Cristo. Além disso, em Malaquias 2:7, eles são designados como "mensageiros humanos" ou "anjos" de Jeová: "Pois os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca as pessoas devem buscar a lei, porque ele é o mensageiro de Jeová dos exércitos" (Malaquias 2:7). Os sacerdotes tinham três funções principais em Israel: queimar incenso (a oração (Apocalipse 8:3,4)), o ensino e o julgamento (Deuteronômio 17:8,10-13; 21,1,2,5 ; Números 5:11-31). Os anciãos, os pastores ou os superintendentes da congregação têm exatamente as mesmas funções sacerdotais no templo espiritual que é a congregação cristã: a oração pelos membros da congregação (Tiago 5:14), o ensino na congregação (1 Timóteo 3:2 "qualificado para ensinar"), o julgamento na congregação (Mateus 18:18).
Antes da Grande Tribulação, o rei Jesus Cristo exigirá contas diretamente aos "anjos" das várias congregações locais espalhadas pelo mundo. A leitura dos capítulos 2 e 3 de Apocalipse fornece uma fonte de meditação sobre a alta responsabilidade desses superintendentes das congregações locais (Mateus 25). É por isso que o discípulo Tiago escreveu: "Não muitos de vocês deviam se tornar instrutores, meus irmãos, pois vocês sabem que nós receberemos um julgamento mais pesado" (Tiago 3:1).
Nas ilustrações dos administradores dos "talentos" (mas também das "minas"), que prestam contas pouco antes da grande tribulação, são esses "anjos" humanos, mencionados em Apocalipse 1 a 3. No entanto, há somente três administradores mencionados, provavelmente para ilustrar simplesmente três formas principais de julgamento, dois favoráveis e um condenatório. Dois dos administradores fizeram seu trabalho, um melhor que o outro, mas ambos terão a mesma recompensa do mestre. Um terceiro que não terá cumprido seu trabalho e será severamente sancionado pelo mestre (Mateus 25:14-30 (os talentos); Lucas 19:12-27 (as minas)). Assim, com base nessas várias informações bíblicas, entendemos que Jesus Cristo julgará as congregações e seus respectivos administradores, num nível local. Consequentemente, a administração das congregações cristãs é feita localmente. Os administradores da congregação têm uma grande responsabilidade diante de Jesus Cristo, por toda a congregação ao nível local: "Sejam obedientes aos que exercem liderança entre vocês e sejam submissos, pois eles vigiam sobre vocês e prestarão contas disso; para que façam isso com alegria, e não com suspiros, porque isso seria prejudicial a vocês" (Hebreus 13:17).
Com relação às diferentes denominações religiosas das congregações cristãs, a Bíblia é clara, o discípulo de Cristo é simplesmente um "cristão", sem denominação religiosa adicional: "E foi primeiro em Antioquia que os discípulos, por direção divina, foram chamados de cristãos" (Atos 11:26). Em sua oração final na noite da última Páscoa, Jesus Cristo fez este pedido a seu Pai: "Eu peço não somente por estes, mas também por aqueles que depositam fé em mim por meio das palavras deles, para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em união comigo e eu estou em união contigo, para que eles também estejam em união conosco, a fim de que o mundo acredite que tu me enviaste" (João 17:20,21). Todas as congregações cristãs devem se unir antes da grande tribulação, fazendo o melhor a vontade de Deus mencionada na Bíblia: "Nem todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que fizer a vontade do meu Pai, que está nos céus" (Mateus 7: 21-23; "Ela fez o que pôde" (Marcos 14:8)).
O TEMPLO E SEU FUNCIONAMENTO
Para entender como uma congregação ou igreja cristã deve funcionar, é essencial se referir ao funcionamento espiritual do templo que estava em Jerusalém, a fim de adorar a Jeová: "Pois todas as coisas escritas anteriormente foram escritas para a nossa instrução, a fim de que, por meio da nossa perseverança e por meio do consolo das Escrituras, tivéssemos esperança" (Romanos 15:4).
O apóstolo Paulo, sob inspiração, escreveu isso a respeito da dimensão profética da lei dada a Moisés por Jeová Deus: "Pois, visto que a Lei tem uma sombra das coisas boas que viriam, mas não a própria realidade" (Hebreus 10:1); "Essas coisas são uma sombra do que viria, mas a realidade pertence ao Cristo" (Colossenses 2:17). Além disso, nas quase últimas palavras da profecia de Malaquias, pode-se ler esta exortação: "Lembrem-se da Lei do meu servo Moisés, os decretos e as decisões judiciais que ordenei em Horebe que todo o Israel obedecesse" (Malaquias 4:4). Porque tal exortação seria útil para nós hoje, quando não estamos mais sob a autoridade da Lei mosaica? De fato, Cristo é o fim da lei: "Porque Cristo é o fim da Lei, para que todo aquele que exercer fé possa alcançar a justiça" (Romanos 10:4).
Devemos fazer a diferença entre o fato de não estarmos mais, como discípulos de Cristo, sob a autoridade da Lei mosaica e sua dimensão profética, porque essas são duas ideias fundamentalmente diferentes. O simbolismo das profecias de Ezequiel (37-48) e as profecias do Apocalipse (junto com outros livros proféticos), são completamente modeladas no simbolismo da dimensão profética da lei mosaica, de modo que, para usar a expressão da profecia de Malaquias 4: 4, se alguém "não se lembra da lei de Moisés", ou se não a leu, está na impossibilidade absoluta de entendê-las ou decifrá-las. Então, entender que a administração da igreja cristã atual, a ser modelada no simbolismo da lei dada a Moisés, é uma verdade bíblica fundamental que até os primeiros discípulos de Cristo entenderam.
O GRANDE TEMPLO
O templo é um lugar onde se adora a Jeová. O Grande Templo tinha duas partes principais (veja a foto do Templo do Rei Herodes, na época em que Jesus Cristo estava na Terra, os comentários são escritos em francês):
1 - O pátio das nações gentias, cercada por fortificações externas, constitui o "grande templo".
2 - O santuário é o edifício alto em forma de T, com o pequeno pátio em frente do pórtico, onde havia o mar de água de cobre e o altar de sacrifício.
Na representação do templo vista em visão pelo profeta Ezequiel, modelado em linhas gerais nos planos do tabernáculo e do templo de Salomão, permite-nos ter uma visão mais simplificada para melhor visualizar as explicações a seguir.
De acordo com a profecia de Apocalipse, capítulo 11, o grande templo, com seu santuário, representa ambos, o planeta Terra (o pátio das nações gentias), em relação aos céus com o santuário (Santíssimo). Aqui está o que lemos em Apocalipse 11: "E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara, enquanto ele me dizia: “Levante-se para medir o santuário do templo de Deus e o altar, e os que estiverem adorando ali. Mas, quanto ao pátio fora do santuário do templo, deixe-o de fora, sem medi-lo, porque foi dado às nações, e elas pisarão a cidade santa por 42 meses" (Apocalipse 11:1,2).
"Mas, quanto ao pátio fora do santuário do templo, deixe-o de fora, sem medi-lo, porque foi dado às nações", essa simples frase mostra que o grande templo simbolizava o planeta Terra, que a longo prazo, após os mil anos, será organizado em sua totalidade para adorar a Jeová: "Não vi templo nela, pois Jeová Deus, o Todo-Poderoso, é o seu templo, e o Cordeiro também" (Apocalipse 21:22).
Por enquanto, por mais chocante que seja, a soberania humana, sem a intervenção de Deus, é exercida no "pátio das nações gentias", de acordo com Apocalipse 11:2. O pátio das nações gentias não é medido porque, por um tempo determinado, não está sob a jurisdição de Deus, mas sob a jurisdição do diabo, de acordo com 1 Coríntios 4:4 ("o deus deste mundo" (o diabo) atualmente, reina provisoriamente, no quadro terrestre do templo, porque foi entregue, provisoriamente, às nações).
O TEMPLO SANTUÁRIO
VÍDEO DO TEMPLO DE SALOMĀO
1 REIS capítulo 6
Mas o que significa o templo santuário? Representa o lugar onde Deus sempre reinou, especialmente por meio de Seu Filho Jesus Cristo. Existe um plano simplificado do templo santuário, em três partes principais (a descrição é como se alguém tivesse entrado no pórtico frente ao pequeno pátio). Aqui está a descrição com seu respectivo significado simbólico:
1 - O pequeno pátio do templo, em frente à entrada do santuário, onde fica o mar de cobre (sea of bronze) e o altar. Eram feitos de cobre, o que representa a pequena parte terrestre em que Deus reina hoje, por meio de seu Filho Jesus Cristo: a congregação cristã terrestre (Atos 11:26).
2 - O Santo, o primeiro quarto no entrar no santuário (Lugar Santo). É a parte da congregação cristã terrestre em relação aos céus, da qual Jesus Cristo é o mediador (1 Timóteo 2:5). No livro de Apocalipse, capítulos 1 a 3, o apóstolo João tem uma visão do Lugar Santo do templo espiritual, onde está Jesus Cristo. Entre o mobiliário, todo em ouro (que simboliza o celeste) do santo, havia candelabros. No livro de Apocalipse, temos o significado de seu simbolismo: as congregações cristãs que fazem brilhar a luz da Palavra de Deus. Jesus Cristo designou seus discípulos como "a luz do mundo" que dá glória a Deus (Mateus 5:14-16). Esses cristãos fiéis, as luzes do mundo, quando estão juntos, constituem uma congregação ou igreja local, um candelabro, que fica no santuário do templo, no Lugar Santo. De acordo com Apocalipse 2 e 3, há sete congregações cristãs em sete cidades diferentes neste Lugar Santo, onde há Jesus Cristo glorificado. Isso mostra que o Lugar Santo espiritual, a congregação cristã, faz a conexão entre o céu e a terra por meio de Jesus Cristo. Quando Jesus Cristo se dirige aos "sete candelabros", se dirige a um "anjo" responsável do candelabro ou da congregação. É um anjo celestial? Obviamente, não. Às vezes, Jesus Cristo censura demais como para imputá-lo a um anjo celestial que é fiel a Deus. O termo "anjo" deve ser tomado em seu sentido etimológico, isto é, mensageiro. E a palavra "mensageiro" é biblicamente atribuída ao sacerdote: "Pois os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca as pessoas devem buscar a lei, porque ele é o mensageiro de Jeová dos exércitos" (Malaquias 2:7). Isso significa que o anjo da congregação se refere ao "sacerdote" ou grupo de "sacerdotes" responsáveis pela congregação. Esses "sacerdotes", nas congregações cristãs, são simbolizados pelas sete estrelas na mão direita de Jesus Cristo glorificado.
3 - O Santíssimo, está no fundo, onde estava a famosa Arca do Pacto. É o símbolo do lugar onde Jeová Deus vive, na companhia de centenas de milhões de anjos. Sempre, na visão do Apocalipse, dos capítulos 4, até a conclusão do capítulo 12, é encontrado no santíssimo do santuário espiritual. Para entender bem, que alguém está bem no Santíssimo, está escrito em Apocalipse 11: "Então o santuário do templo de Deus no céu foi aberto, e viu-se a Arca do seu pacto no santuário do seu templo" (Apocalipse 11:19). Não há dúvida de que este é realmente o Santíssimo, porque era lá que estava a Arca do Pacto, símbolo da Presença Divina.
O que significa a visão da Arca do Pacto?
A introdução do livro do Apocalipse, que vai dos capítulos 1 a 5, acontece no próprio Santuário. Em sua primeira visão, dos capítulos 1 a 3, João vê Jesus Cristo glorificado em sua vestimenta sacerdotal, dirigindo-se às sete congregações terrestres, simbolizadas pelos sete candelabros, no Santuário do Templo. No capítulo 4, João, por visão, é introduzido na própria presença de Deus, ou seja, no Santíssimo, onde estava a Arca do Pacto. No capítulo 5, João ainda está no Santíssimo, quando Deus, na presença de muitos anjos, entrega a Jesus Cristo o famoso rolo de sete selos, que verdadeiramente começará, o Apocalipse, a partir do capítulo 6, pela abertura do primeiro seis selos.
A presença de Jesus Cristo glorificado que habita nos céus, no Santo e a presença dos candelabros, as congregações terrestres, parecem indicar que esta parte do templo é mediadora entre Deus e a humanidade como um todo. Isso é confirmado pelo que o apóstolo Paulo escreve, apontando para Jesus Cristo como o único mediador entre Deus e a humanidade (1 Timóteo 2:5). No entanto, em seu papel de mediador, o glorificado Jesus Cristo usa estrelas, ou anjos ou mensageiros humanos, como cabeça de cada uma das congregações terrestres cristãs. Esses homens à frente de cada uma das congregações são sacerdotes na mão direita de Cristo, que têm um papel de mediação visível entre Deus e os humanos, no âmbito da adoração, seja pela oração e pelo ensino.
Assim, quando está escrito que a grande multidão serve a Deus em seu templo, mencionado em Apocalipse 7:9-17, está no mesmo lugar dos sete candelabros, na terra. Faz parte do serviço sagrado no templo santuário, seja no pequeno pátio interior, onde está o altar, ou no santo, para os homens encarregados do sacerdócio, na congregação, pela oração ou ensino, como anjos humanos.
Em Apocalipse 6:9, na abertura do quinto selo, é feita referência à ressurreição dos santos que, por sua vez, buscam a vingança de Deus por seu sangue inocente derramado por causa de perseguições assassinas. Está escrito que sua alma ou sangue, representando sua vida, está ao pé do altar. De fato, ao pé do altar, no pátio do templo santuário, havia pequenos canais, por onde corria o sangue dos animais sacrificados no altar. De acordo com Apocalipse 6:9, desta vez eles foram simbolicamente preenchidos com o sangue inocente dos santos que morreram por sua fé, e que serão vingados por Deus na grande tribulação.
Em Apocalipse 11:1-4, o apóstolo João em visão mede o Santuário do Templo. No versículo 2 está escrito que ele não mede o seu exterior, isto é, o grande pátio, que foi dado às nações. Portanto, o grande pátio representa a humanidade como um todo, à parte do serviço sagrado prestado a Deus, no templo santuário, ou fora da estrutura da congregação cristã. A medição do templo santuário pelo apóstolo João, parece indicar que os padrões divinos escritos na Bíblia, devem ser aplicados, dentro do recinto deste templo santuário. O fato de ser João, um humano, que faz a medição, parece indicar que esses padrões cristãos são mantidos no trabalho pastoral dos sacerdotes ou supervisores das congregações. Isso é confirmado em Apocalipse 2 e 3, quando o glorificado Jesus Cristo dá suas instruções, às vezes muito severas, aos sete anjos humanos encarregados das sete congregações.
A medição da Nova Jerusalém é comparável à do Templo Santuário, realizada pelo apóstolo João (Apocalipse 11:1,2). Assim, aquelas duas medidas representam um julgamento (Mateus 7:2 (Jesus compara o julgamento a uma medida) e Amós 7:7-9 (Jeová compara seu julgamento ao uso dum prumo)). Jesus Cristo em Mateus 19:28 descreveu o período de "recriação" ou ressurreição terrena como um julgamento geral de toda a humanidade sendo ressuscitada. No entanto, no caso da Nova Jerusalém, desta vez é um anjo que mede com a medida dum anjo.
Desta vez, no paraíso terrestre, serão medidas certamente aplicadas por humanos, sob a supervisão direta de anjos. Os julgamentos de Deus serão decididos pelos 144.000 no céu, notificados pelos príncipes e sacerdotes na terra e efetivamente aplicados pelos anjos. Isso explicaria também que a medida é feita por um anjo, à medida do homem (aplicada aos humanos (cana)), ou seja, de anjo (aplicada pelos anjos (o ouro simboliza a matéria celeste que cobria todos os móveis do Santo e Santíssimo no templo santuário)) (Apocalipse 21:15-17).
Concluindo esta parte, podemos dizer que o Templo como um todo representa os Céus, a morada de Deus, e a Terra, a morada dos Humanos. O pátio exterior do Grande Templo representa a esfera terrestre à parte da congregação cristã, cujo lugar é representado pelo templo-santuário. Em Apocalipse 21:22 está escrito: "E não vi templo nela, pois Jeová Deus, o Todo-poderoso, é o seu templo, também o Cordeiro o é". Esta passagem parece corroborar o fato de que o Santíssimo do santuário do templo é Jeová Deus, e o Santo, o glorificado Jesus Cristo.
O CORPO DE CRISTO
O santuário espiritual do templo (Santo), é simbolizado pelo corpo de Cristo, de acordo com o apóstolo João: "Então os judeus disseram: “Este templo foi construído em 46 anos, e você o levantará em três dias?” Mas o templo de que ele falava era o seu corpo. Quando ele foi levantado dentre os mortos, porém, seus discípulos se lembraram de que ele dizia isso, e eles acreditaram na passagem das Escrituras e no que Jesus tinha dito" (João 2:20-22). Isso significa que o santuário espiritual é a modelagem do corpo humano quando ele adora a Jeová. O corpo espiritual de Jesus Cristo representa o santuário espiritual, a congregação cristã administrada para adorar a Jeová. Isto é o que o apóstolo Paulo explicou em 1 Coríntios 12: "Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. E Deus estabeleceu os vários membros na congregação: primeiro, apóstolos; segundo, profetas; terceiro, instrutores; depois vêm obras poderosas; depois dons de curar; a prestação de ajuda; habilidades de liderança; diversas línguas. Será que todos são apóstolos? Será que todos são profetas? Será que todos são instrutores? Será que todos realizam obras poderosas? Será que todos têm dons de curar? Será que todos falam em línguas? Será que todos são intérpretes? Mas persistam em se empenhar pelos maiores dons. Contudo, ainda lhes mostrarei um caminho superior" (1 Coríntios 12:27-31). Os cristãos organizados em congregação, com suas diferentes habilidades, dadas por Deus, juntos, representam o corpo espiritual de Cristo e o santuário espiritual do templo.
O CORPO HUMANO
No entanto, o apóstolo Paulo e também o apóstolo Pedro enfatizaram que, ao nível individual, o corpo humano do cristão que adora a Deus também pode representar o santuário espiritual feito para adorar a Deus:
"Vocês não sabem que são templo de Deus e que o espírito de Deus mora em vocês? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; pois o templo de Deus é santo, e vocês são esse templo" (1 Coríntios 3:16).
"Mas, enquanto estou nesta tenda, acho certo despertá-los por meio de lembretes, sabendo que em breve minha tenda será removida, como o nosso Senhor Jesus Cristo deixou claro para mim" (2 Pedro 1: 13,14).
O Santo representa o coração simbólico onde Cristo deve viver simbolicamente: "para que, por meio da sua fé, o Cristo more em seu coração com amor. Que vocês sejam arraigados e estabelecidos no alicerce" (Efésios 3: 17). O coração simbólico humano representa o interior espiritual do ser humano. Esse coração deve ter uma circuncisão espiritual, ou seja, remover o "prepúcio" simbólico, os maus raciocínios que podem tornar impuros: "No entanto, tudo o que sai da boca vem do coração, e essas coisas tornam o homem impuro. Por exemplo, do coração vêm raciocínios maus, assassinatos, adultérios, imoralidade sexual, roubos, falsos testemunhos, blasfêmias. Essas são as coisas que tornam o homem impuro; mas tomar uma refeição sem lavar as mãos não torna o homem impuro" (Mateus 15:18-20). "Mas judeu é quem o é no íntimo, e a sua circuncisão é a do coração, por espírito, e não por um código escrito. O louvor dessa pessoa vem de Deus, não de homens" (Romanos 2:29, Deuteronômio 10:16).
O candelabro que ilumina o interior, o santo espiritual, de acordo com Jesus Cristo, são os olhos: "A lâmpada do corpo é o olho. Então, se o seu olho for focado, todo o seu corpo será luminoso. Mas, se o seu olho for invejoso, todo o seu corpo será escuro. Se a luz que há em você na realidade é escuridão, como é grande essa escuridão!" (Mateus 6: 22,23).
O altar e a oferta, feitos no pátio do santuário, representam os lábios (altar) juntos com as palavras que saem deles (sacrifício espiritual): "E ofereceremos, como se fossem novilhos, o louvor dos nossos lábios" (Oséias 14:2). "Por meio dele, ofereçamos sempre a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos nossos lábios, que fazem declaração pública do seu nome" (Hebreus 13:15).
A administração da congregação cristã
Na profecia do Apocalipse, a congregação cristã é representada em escala mundial. Mas o que significa que o apóstolo João mede o santuário do templo, e não o pátio dos gentios (ou dado às nações). "Medir" é um julgamento ou uma autoridade que não excede os limites do santuário (Amós 7:7-9). O fato de Deus pedir ao apóstolo João para medir, mostra que essa autoridade foi dada a um homem, o apóstolo João, que provavelmente foi o último apóstolo ainda vivo. De maneira mais geral, o fato de João medir o santuário, simboliza que a autoridade na terra, dentro do santuário, a congregação cristã, seria confiada aos homens (e não fora deste santuário, no pátio dos gentios). Quer dizer que essa autoridade cristã não deve ser exercida dentro da estrutura da atual soberania humana do grande pátio dos gentios do templo que foi dado às nações: "Eles não fazem parte do mundo, assim como eu não faço parte do mundo" (João 17:16)) ((Apocalipse 11: 1,2). Foi novamente o apóstolo Paulo que mostrou como uma congregação deveria ser administrada.
Ao lembrar os textos de Hebreus 10:1 e Colossenses 2:17, que mostram que a lei é uma sombra profética das realizações na congregação cristã, permite entender melhor sua administração. Por exemplo, os superintendentes representam os sacerdotes no Santo do Templo Santuário. Esses superintendentes representam os anjos humanos ou mensageiros de Deus e do Seu Filho Jesus Cristo (1 Timóteo 3: 1-7; Tito 1:5-9; Apocalipse 2 e 3). Enquanto os Servos Ministeriais representam os Levitas Não Sacerdotais que ajudam principalmente os anciãos na administração material da congregação cristã (1 Timóteo 3:8-10,12,13).
O anjo da congregação: Anciãos, superintendentes ou mordomos
Como deixou entender Jesus Cristo glorificado, a congregação cristã local deve ser administrada por pelo menos um "anjo", "mensageiro" ou "sacerdote" que transmita à congregação as sagradas declarações de Deus, pelo meio da Bíblia (2 Timóteo 3:16,17, Atos 17:11). O apóstolo Paulo os designou como "anciãos", "superintendentes" ou "mordomos":
"Esta declaração é digna de confiança: Se um homem está se esforçando para ser superintendente, deseja uma obra excelente. O superintendente, portanto, deve ser irrepreensível, marido de uma só esposa, moderado nos hábitos, sensato, ordeiro, hospitaleiro, qualificado para ensinar. Não deve ser beberrão nem violento, mas deve ser razoável, não briguento. Não deve amar o dinheiro. Deve presidir bem à sua própria família, tendo os filhos em sujeição com toda a seriedade. (Pois, se um homem não souber presidir à sua própria família, como cuidará da congregação de Deus?) Não deve ser recém-convertido, para que não se encha de orgulho e caia no julgamento aplicado ao Diabo. Além disso, deve ter também um bom testemunho de pessoas de fora, a fim de que não caia em desonra e num laço do Diabo" (1 Timóteo 3:1-7).
"Por esta razão te deixei em Creta, para que corrigisses as coisas defeituosas e fizesses designações de anciãos numa cidade após outra, conforme te dei ordens, se houver um homem livre de acusação, marido de uma só esposa, tendo filhos crentes, não acusados de devassidão nem indisciplinados. Porque o superintendente tem de estar livre de acusação como mordomo de Deus, não obstinado, não irascível, não brigão bêbedo, não espancador, não ávido de ganho desonesto, mas hospitaleiro, amante da bondade, ajuizado, justo, leal, dominando a si mesmo, apegando-se firmemente à palavra fiel com respeito à sua arte de ensino, para que possa tanto exortar pelo ensino que é salutar como repreender os que contradizem" (Tito 1:5-9).
A palavra do texto grego, traduzida por "superintendente" é "ἐπίσκοπος" (epískopos) (Concordância de Strong (G1985)): "um homem responsável por garantir que as tarefas dos outros sejam executadas adequadamente, guardião ou superintendente, ancião ou supervisor de uma igreja cristã". No texto de Tito 1: 5-9, o termo "presbyteros" é usado para "ancião", com outras expressões sinônimas, como a de superintendente (epískopos) ou mordomo (oikonomos (G3623)). Se fundirmos todas as funções espirituais dos anciãos, superintendentes ou mordomos, entenderemos que eles são mestres da Palavra de Deus, mas também podem desempenhar o papel de juízes na congregação (Mateus 18:15-17). A única função que o apóstolo Paulo não menciona diretamente é a oração dentro da congregação, embora seja óbvio que eles estavam orando em nome da congregação. O discípulo Tiago os descreve principalmente como pessoas que oram por cristãos espiritualmente enfermos: "Há alguém doente entre vocês? Que ele chame os anciãos da congregação, e que eles orem por ele, colocando óleo nele em nome de Jeová" (Tiago 5:14). Assim, os anciãos, superintendentes ou mordomos da congregação têm três papéis principais na congregação: oração, ensino e julgamento da congregação. Quem no templo cumpriu essas três funções: queimar incenso espiritual, orar (Salmos 141: 2), ensinar (Malaquias 2: 7) e julgar (Deuteronômio 19: 15-17)? Os sacerdotes.
Se os anciãos, superintendentes ou mordomos fossem sacerdotes, porque o apóstolo Paulo e os outros apóstolos não usaram diretamente o termo "sacerdote" para os anciãos ("hiereus" (G2409); "principal sacerdote" "archiereus" (G749)), que é bem diferenciado do dos anciãos, em Mateus (16:21; 21:23; 26: 3)? A expressão de sacerdote ou sumo sacerdote é aplicada exclusivamente a Jesus Cristo, na carta aos Hebreus (2:17; 3: 1; 4:14,15; capítulo 5 a 8; 9:11). Obviamente, que no contexto das explicações do apóstolo Paulo, essa expressão só pode se aplicar a Cristo (e não aos superintendentes das congregações).
Além disso, Jesus Cristo insistiu no papel "pastoral" ou de pastor espiritual, dos superintendentes, particularmente numa das últimas conversas com o apóstolo Pedro: "Apascenta as minhas ovelhinhas" (João 21:15-17). Esta função pastoral é repetida na carta aos hebreus: "Sede obedientes aos que tomam a dianteira entre vós e sede submissos, pois vigiam sobre as vossas almas como quem há de prestar contas; para que façam isso com alegria e não com suspiros, porque isso vos seria prejudicial" (Hebreus 13:17). O apóstolo Pedro também insistiu no papel pastoral dos superintendentes: "Pastoreai o rebanho de Deus, que está aos vossos cuidados, não sob compulsão, mas espontaneamente; nem por amor de ganho desonesto, mas com anelo" (1 Pedro 5:2).
A primeira definição de "hiereus" é a de alguém que sacrifica animais (e não de pessoas que oram, ensinam ou julgam em nome de uma congregação), seja em Israel, mas também nas cidades de Roma, Corinto e outras cidades com costumes greco-romanos (1 Coríntios 10:18-22). Na época, o fato de nomear os anciãos como sacerdotes, mesmo no sentido espiritual, teria criado, talvez, uma confusão: A imagem do sacerdote sacrificador do templo de Herodes, os cristãos que não estão mais sob a lei e o sacerdote greco-romano nos templos pagãos. O termo "ancião" está intimamente associado, em seu papel, ao principal sacerdote, como juízes, na narrativa dos Evangelhos. O sumo sacerdote encontra sua correspondência em Jesus Cristo (Hebreus 4:14).
No entanto, isso não significa que a função do ancião não corresponda à dos sacerdotes? Como vimos, não é o mesmo que o sacerdócio de Cristo. No entanto, sua função é bastante semelhante à dos sacerdotes em Israel, desta vez fazendo sacrifícios espirituais: "Por intermédio dele, ofereçamos sempre a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que fazem declaração pública do seu nome" (Hebreus 13:15). Os anciãos da congregação, em sua mão direita, são os sacerdotes do santuário espiritual (Apocalipse 1:20).
Deve ser chamado um ancião da congregação por um título ligado com a sua função, como "Pai", "Rabi", "Líder" ou "Pastor"? A resposta de Cristo é não: "Mas vocês não sejam chamados ‘Rabi’, pois um só é o seu Instrutor, e todos vocês são irmãos. Além disso, não chamem a ninguém na terra de seu pai, pois um só é o seu Pai, o celestial. Nem sejam chamados de líderes, pois o seu Líder é um só, o Cristo. Mas o maior entre vocês tem de ser o seu servo. Quem se enaltecer será humilhado, e quem se humilhar será enaltecido" (Mateus 23:8-12). A razão dada por Cristo é que, se os superintendentes têm uma autoridade na congregação, deve ser exercida com humildade, sem qualquer condescendência: "Não é que sejamos os donos da sua fé, mas somos colaboradores para a sua alegria, pois é pela sua fé que vocês estão de pé" (2 Coríntios 1:24).
Existe uma idade mínima necessária para que um irmão seja nomeado ancião na congregação cristã? Fica claro que sim, por exemplo, nas condições necessárias, está escrito: "Não deve ser recém-convertido, para que não se encha de orgulho e caia no julgamento aplicado ao Diabo" (1 Timóteo 3:1 -7). No nosso exame, descobrimos que a função de superintendente é comparável à dos sacerdotes do antigo Israel. Agora, um homem só podia se tornar um sacerdote ou estar no cargo no Santuário do Templo, apenas a partir dos trinta anos (números 4:1-3,22,23,30). Jesus Cristo começou o seu ministério, Seu sacerdócio, aos trinta anos: "Outrossim, o próprio Jesus, ao principiar a sua obra, tinha cerca de trinta anos de idade" (Lucas 3:23).
Os servos ministeriais
"Os servos ministeriais devem igualmente ser sérios e homens de uma só palavra; não devem beber muito vinho, nem ser ávidos de ganho desonesto. Devem se apegar ao segredo sagrado da fé com a consciência limpa. Também, que esses sejam primeiro examinados quanto à aptidão; depois sirvam como ministros, se estiverem livres de acusação. Que os servos ministeriais sejam maridos de uma só esposa e presidam bem aos seus filhos e à sua própria família. Pois os homens que servem bem adquirem para si uma boa reputação e podem falar com grande confiança sobre a fé em Cristo Jesus" (1 Timóteo 3:8-10,12,13).
A palavra "igualmente" mostra que as condições necessárias para ser servos ministeriais são exatamente as mesmas que as dos anciãos. A única diferença é o requisito de ensinar, que não é mencionado diretamente. No entanto, a expressão, "podem falar com grande confiança sobre a fé em Cristo Jesus", sugere uma declaração verbal de sua fé ("παρρησία" "parrhesia" (Concordância de Strong G3954)). Entedemos que no contexto das reuniões cristãs, o servo ministerial possa falar para expressar sua fé em Cristo com franqueza.
A palavra grega usada para "servo ministerial", é "διάκονος" ("diakonos" Concordância de Strong (G1249)): "Um atendente, ou seja (caso genitivo), um servidor (na mesa ou no decorrer de outras tarefas subordinadas), especialmente um professor e pastor cristão (tecnicamente, diácono ou diaconisa): diácono, ministro, servo". Concretamente, os servos ministeriais ajudam os anciãos da congregação. Sua ajuda permite que os superintendentes se concentrem totalmente em sua missão espiritual de oração e ensino para edificar a congregação cristã. Mais concretamente, os servos ministeriais são assistentes das atividades materiais de mordomia da congregação, seja para ajudar irmãos e irmãs cristãos, ou mordomia em relação ao prédio que abriga a congregação, se houver. No livro de Atos, encontramos uma situação em que essa divisão de papéis é descrita entre os anciãos e os servos ministeriais: "Naqueles dias, ao aumentar o número de discípulos, os judeus que falavam grego começaram a reclamar dos judeus que falavam hebraico, porque as suas viúvas estavam sendo deixadas de lado na distribuição diária. De modo que os Doze reuniram a multidão dos discípulos e disseram: “Não é correto que deixemos a palavra de Deus para servir alimento às mesas. Portanto, irmãos, escolham entre vocês sete homens de boa reputação, cheios de espírito e de sabedoria, e nós os designaremos para essa tarefa necessária. Mas nós mesmos nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra.” O que eles disseram agradou a toda a multidão, e escolheram Estêvão, homem cheio de fé e de espírito santo, e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Eles os levaram aos apóstolos, que, depois de orar, lhes impuseram as mãos" (Atos 6:1-6).
Isso não significa que os homens designados, nessa circunstância, eram servos ministeriais; no entanto, eles fizeram um trabalho de assistência material para permitir que os apóstolos se concentrassem plenamente em suas atividades espirituais (Em Atos 7, se Estevão fosse designado para esta atividade de distribuição de alimentos, seu discurso pouco antes de sua morte no martírio, denota uma grande madureza espiritual que poderia ter sido a de um ancião cristão). A qué corresponde a função do servo ministerial? À dos levitas não sacerdotais que estavam servindo ao sacerdócio. A tribo de Levi, em sua parte não sacerdotal, era mordomo material do tabernáculo (Números 1:47-53) e mais tarde do templo (1 Reis 8:1-6). Os levitas não-sacerdotais estavam no serviço material do sacerdócio Aarônico (Números 3:9,10: "Você deve dar os levitas a Arão e a seus filhos. Eles são dados a ele como dádivas dentre os israelitas. Você deve designar Arão e seus filhos, e eles cuidarão dos seus deveres sacerdotais").
Quem faz o que?
Os anciãos são professores, aqueles que representam a congregação com orações e, se necessário, julgam na congregação. Os servos ministeriais preocupam-se principalmente com a mordomia material da congregação cristã. Em 1 Coríntios, capítulos 12 e 14, o apóstolo Paulo dá instruções para que as reuniões cristãs procedam em ordem. Em 1 Coríntios, capítulo 12, o apóstolo Paulo mostra que em uma congregação há uma diversidade de dons espirituais para edificar a congregação, que representa o corpo de Cristo: "Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. E Deus estabeleceu os vários membros na congregação: primeiro, apóstolos; segundo, profetas; terceiro, instrutores; depois vêm obras poderosas; depois dons de curar; a prestação de ajuda; habilidades de liderança; diversas línguas. Será que todos são apóstolos? Será que todos são profetas? Será que todos são instrutores? Será que todos realizam obras poderosas? Será que todos têm dons de curar? Será que todos falam em línguas? Será que todos são intérpretes? Mas persistam em se empenhar pelos maiores dons. Contudo, ainda lhes mostrarei um caminho superior" (1 Coríntios 12:27-31).
Em 1 Coríntios 14, o apóstolo Paulo insiste em que as reuniões cristãs sejam conduzidas em ordem: "Pois Deus não é Deus de desordem, mas de paz" (1 Coríntios 14:33). Que todos falem com o propósito de edificar a congregação (1 Coríntios 14:26). Esse ensinamento deve ser compreensível para toda a congregação: "Contudo, numa congregação, prefiro falar cinco palavras com a minha mente, para também instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua" (1 Coríntios 14:19).
Como parte das reuniões congregacionais, no santuário espiritual, as mulheres não podem falar de forma alguma: "Como em todas as congregações dos santos, que as mulheres fiquem caladas nas congregações, pois não lhes é permitido falar. Em vez disso, que estejam em sujeição, como também diz a Lei. Se elas quiserem aprender algo, perguntem ao marido, em casa, pois é vergonhoso para uma mulher falar na congregação" (1 Coríntios 14:33-35). A frase "Como em todas as congregações dos santos" mostra que não é simplesmente uma provisão local, ou se aplica apenas à congregação de Corinto, mas uma instrução divina aplicada a todas as congregações cristãs. Além disso, esta instrução é repetida na primeira carta a Timóteo: "Que a mulher aprenda em silêncio, com plena submissão. Não permito que a mulher ensine nem que exerça autoridade sobre o homem, mas ela deve ficar em silêncio" (1 Timóteo 2:11,12).
Todas as situações não podem ser evocadas; cabe ao superintendente tomar as decisões corretas, baseadas na Bíblia para administrar a congregação cristã, a fim de dar glória a Deus e incentivar os irmãos e irmãs em Cristo (1 Coríntios 10:31; Hebreus 10: 24,25).