As frases azuis indicam explicações bíblicas adicionais e detalhadas. Basta clicar no hiperlink azul. Os artigos bíblicos são escritos principalmente em quatro idiomas:

português, francês, espanhol e inglês

O REI DO NORTE E O REI DU SUL

O anjo de Jeová enfoca sua narrativa sobre as consequências, no mundo, do estabelecimento do estado de Israel (em 1948), no Médio Oriente, que conduzirá à grande tribulação (Daniel 11:44 - 12: 1)

O anjo de Jeová enfoca sua narrativa sobre as consequências, no mundo, do estabelecimento do estado de Israel (em 1948), no Médio Oriente, que conduzirá à grande tribulação (Daniel 11:44 - 12: 1)

Atualização sobre a profecia de Daniel, capítulo 11 e 12:1 dos Dois Reis


O que está acontecendo no Oriente Médio?


O objetivo deste estudo é fornecer uma atualização, tendo em conta os trágicos acontecimentos ocorridos entre a Rússia e a Ucrânia e também, mais recentemente, o ataque do Hamas palestino, ao norte da fronteira da Faixa de Gaza e Israel, no 7 de outubro de 2023, as represálias do exército israelense na Faixa de Gaza. Além deste ataque na Faixa de Gaza, há confrontos na Cisjordânia entre colonos israelenses, palestinos e as Forças de Defesa e Segurança de Israel. Somam-se a isso os ataques com biper (pager) no Líbano, ocorridos nos dias do 17 e 18 de setembro de 2024, perpetrados por Israel, que causaram a morte de 37 pessoas e feriram 2.931 pessoas nos dois dias (segundo dados da Anistia Internacional). Esses ataques com biper (pager), realizados por Israel, faziam parte do conflito com o Hezbollah no sul do Líbano. No 23 de setembro de 2024, um ataque israelense contra o Hezbollah no Líbano resultou na morte de 558 pessoas e 1.800 feridos (de acordo com dados da Anistia Internacional).


No entanto, o evento definidor da situação geral no Oriente Médio é a queda do regime do governo de Bashar al-Assad no 8 de dezembro de 2024. O ataque contra o regime de Bashar al-Assad ocorreu com os exércitos turcos apoiando as milícias islâmicas de o HTC (Hayat Tahrir Al-Cham). Eles entraram por Aleppo e depois tomaram a cidade de Damasco. Bashar al-Assad foi evacuado pelo exército russo para a Rússia. Ele foi substituído por um islâmico chamado Abu Mohammed al-Joulani. Ele é o antigo número 2 do Daesh (um antigo jihadista da Frente Al-Nosra, Al-Qaeda e do Estado Islâmico (no Iraque)) cuja cabeça foi colocada a um preço de 10 milhões de dólares pelos Estados Unidos, como terrorista . Enquanto Abu Mohammed al-Joulani tomava o poder em Damasco, os israelenses bombardeavam as bases militares sírias, a força aérea e a marinha, a fim de impedir que os islâmicos tomassem esses arsenais militares. Israel aproveitou isso para anexar completamente as Colinas de Golã e todo e o Monte Hermon. Toda a operação militar foi realizada sob a supervisão do Departamento de Estado americano (a "coincidência" do calendário fez com que o general americano Jasper Jeffers estivesse no Líbano cerca duma semana antes do ataque do exército turco (parte da OTAN), apoiando as milícias islâmicas de Abu Mohammed al-Joulani).


Este evento muda completamente a influência das forças presentes, políticas e militares, nesta parte do Oriente Médio. O Hezbollah, como milícia, não tem mais apoio militar direto do Irã. O Hamas está de fato cada vez mais isolado. O Irã (que apoiou o Hezbollah) e a Rússia não apoiaram o regime de Bashar al-Assad contra o ataque dos exércitos turco-jihadistas, por isso entendemos que a partir de agora, sua presença militar cessará nesta área do Oriente Médio (o que tem consequências para a guerra no Iêmen). Espera-se que o futuro se torne cada vez mais sombrio para as populações palestinas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Os impulsos místicos do chefe de Estado israelense podem levá-lo a anexar completamente a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (Grande Israel).


Concluindo esta atualização, o regime de Bashar al-Assad (na Síria) e as milícias do Hezbollah (no sul do Líbano) tinham um efeito mais ou menos estabilizador nesta região. Agora, o fato dos americanos terem instalado jihadistas em Damasco tornará a situação muito mais instável, até mesmo caótica, em nível político e militar.


Esta atualização é feita com o objetivo dum melhor entendimento da profecia de Daniel, no Oriente Médio, dos dois reis (o rei do norte e o rei do sul) (capítulo 11 a 12:1,2). Para fazer isso, haverá um resumo dessa profecia, no seu cumprimento em 1948, durante a criação do estado de Israel. É importante lembrar o ponto essencial para entender essa profecia de Daniel; anuncia que "a terra do Ornato" (Israel), entre o norte, a Síria e o sul, o Egito, será o epicentro, quer dizer, o lugar do qual começará a grande tribulação: "Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe que está de pé a favor do povo a que você pertence. E haverá um tempo de aflição como nunca houve, desde que começou a existir nação até aquele tempo. Naquele tempo seu povo escapará, todo aquele que se achar inscrito no livro" (Daniel 12:1).


As profecias de Zacarias e Jesus Cristo, localizam o epicentro da grande tribulação, em Jerusalém: "Jeová sairá para guerrear contra essas nações, como quando ele luta num dia de batalha. 4 Naquele dia seus pés estarão sobre o monte das Oliveiras, que fica diante de Jerusalém, ao leste; e o monte das Oliveiras será partido ao meio, de leste a oeste, formando um vale muito grande; metade do monte se moverá para o norte, e metade para o sul" (Zacarias 14:3,4). "Pois então haverá grande tribulação, como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem ocorrerá de novo" (Mateus 24:21). O lugar geográfico da profecia de Jesus Cristo, a respeito da grande tribulação, está localizado em Jerusalém. Se a grande tribulação afetará toda a terra, conforme as profecias de Daniel, Zacarias e as declarações de Cristo, ela terá como epicentro no Oriente Médio e mais particularmente Jerusalém.


Algumas pessoas pensavam que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia podia levar a uma Terceira Guerra Mundial, até um conflito nuclear que teria efeitos catastróficos para toda a humanidade. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia foi o resultado duma diplomacia desajeitada (mais ou menos voluntária ou estratégica) e por não conformidade, pelo bloco ocidental, incluindo a Ucrânia, dos acordos de Minsque (5 de setembro de 2014, entre a Rússia e a Ucrânia, sobre a região de Donbass (a leste da Ucrânia)). A entrada dos exércitos russos no território de Donbass em 24 de fevereiro de 2022, foi a continuidade da Guerra de Donbass, que começou em abril de 2014, e que tem feito 13.000 vítimas (a maioria delas sendo civis) (antes da entrada das tropas russas na Ucrânia (em fevereiro de 2022)). Se essa guerra foi causada pela diplomacia catastrófica de ambos os lados, ela poderia ser resolvida de maneira diplomática, porque as partes envolvidas são determinadas em blocos de estados. Basta que haja uma vontade política dos dois partidos envolvidos.


Parece que agora os Estados Unidos vão gradualmente pôr fim a este conflito entre Ucrânia e Rússia. Parece que a mudança abrupta do 8 de dezembro de 2024, da queda de Bashar al-Assad, sem o apoio militar dos russos, poderia ser parte dum "acordo" entre os russos e os americanos (OTAN). A OTAN cessaria o apoio militar à Ucrânia, pondo fim ao conflito e permitindo aos russos tomarem os territórios conquistados, ao mesmo tempo que retiraria as suas bases militares no Médio Oriente (o que permitiria, de facto, a OTAN não perderia a face devido à sua esmagadora derrota na Ucrânia, compensada por uma vitória militar no 8 de dezembro de 2024 (por meio do exército turco (membro da OTAN), no Oriente Médio).


Quanto ao conflito no Oriente Médio, a situação é muito mais inextricável porque as partes envolvidas no conflito são muito mais atomizadas numa multiplicidade de facções rivais. Sob essas condições, a diplomacia da paz é muito mais difícil de alcançar, ver quase impossível. A operação militar na Síria no 8 de dezembro de 2024, orquestrada pelo Departamento de Estado americano, ao instalar um ex-jihadista à frente da Síria, não é um bom presságio para toda a região, para as populações palestinas e para os cristãos do Oriente... É por isso que, duma forma um pouco mais condensada, relembraremos alguns pontos essenciais da profecia dos dois reis (Daniel 11-12:1).


A profecia é focada no antigo território de Israel, como um símbolo, no passado, da soberania de Jeová na terra. Particularmente após a Segunda Guerra Mundial (1948), na última parte da profecia, a narrativa mostra que o centro de atenção dos acontecimentos dramáticos no mundo, que levará para a grande tribulação, vai acontecer na antiga terra prometida, a "Terra Gloriosa" (Daniel 11:44 -12:1).


No começo da profecia, o rei do Norte, o "Norte" é em relação no lugar geográfico de Israel como "Terra Gloriosa", que é a Síria. O rei do Sul é o mesmo, o Sul é o Egito. Embora a frente do conflito entre os dois reis, mudou-se, ao longo dos séculos, particularmente na Europa Ocidental, a profecia no âmbito da narrativa de Daniel 11, é verdadeiramente "circular": começa em Israel (no Oriente Médio) e tem e terá o cumprimento final, de forma literal, geograficamente, em Israel (no Oriente Médio), e como ponto de partida da grande tribulação (Daniel 11:43-45; 12:1).


Daniel 11:41,42, profeticamente ilustra o que aconteceu após da Segunda Guerra Mundial. Esse simbolismo é a ilustração profética do sionismo (o Monte Sião é o lugar onde Jerusalém está, a capital de Israel na época bíblica). Segundo a Bíblia, Deus deu a terra prometida a Israel na época de Moisés (Deuteronômio 2:1-23). Os sionistas judaicos e os sionistas cristãos evangélicos americanos (protestantes fundamentalistas) acreditam que esse mesmo direito divino, que existia no tempo de Moisés, no momento da entrada do povo de Israel na terra prometida, continua em vigor. Essa profecia mostra o papel decisivo do rei do sul, a atual potência mundial, na constituição do estado de Israel em 1948, e depois, na conquista da Terra Gloriosa (a atual Palestina).


A potência mundial americana desempenhou um papel político determinante para que o povo judeu tivera um estado independente e reconhecido pela ONU. A ajuda financeira para a compra de armas através da diáspora judaica americana (representada pela Agência Judaica), desempenhou um papel muito importante na superioridade militar de Israel contra os vários estados árabes. Os conflitos entre árabes e israelenses resultaram, a prazo, no confisco de grande parte dos territórios da Palestina, habitados pelas populações civis árabes, em três quartos do território (forçados a fugir dos combates sem possibilidade de volta). A nova nação de Israel criada em 1948, está garantindo sua segurança territorial por sua superioridade militar nos vários conflitos, particularmente em relação ao Egito (Guerra dos seis dias (1967)).


Na verdade, o estado de Israel, é o representante do imperialismo dos Estados Unidos, no Médio Oriente. O senhor Arnaud Bauchgrave, repórter do 'Washington Post', disse (em um documentário francês dirigido por William Karel): "Israel é o Estado 51, da União". Para entender a conclusão da história do anjo do senhor, no final da profecia, deve-se compreender que o Israel atual, é o representante dos Estados Unidos no Oriente Médio e, portanto, atua, na verdade, como representante do rei do Sul Ocidental nesta parte do mundo. Como escreveu o Jean-Charles Jauffret Professor do Instituto de estudos políticos de Aix-en-Provence (França):

"Israel hoje é uma"Cidadela"do imperialismo americano no Oriente Médio". Esta imagem é o resultado da Aliança do estado Hebraico com os Estados Unidos. No entanto, não foi sempre assim. Sem dúvida, o governo dos Estados Unidos foi o primeiro a reconhecer, na primavera de 1948, o jovem estado. Mas este reconhecimento não foi devido à considerações estratégicas. Estas são as contingências do contexto internacional da guerra fria, conflitos, crises no Oriente Médio, o que explica, em grande medida, à progressiva aproximação dos dois países".


“Também entrará na Terra Gloriosa, e muitas terras serão levadas a tropeçar3 (Daniel 11:41). Na verdade, a criação do estado de Israel teve consequências internacionais que levaram a uma nova forma de conflito com efeitos internacionais: o terrorismo internacional organizado por Estados árabes hostis à criação do estado de Israel. Os ataques terroristas palestinos, da Líbia, com as guerras no Oriente Médio, no Líbano, na Síria, no Iraque, com repercussões globais diretas e indiretas, com muitas vítimas civis e militares. Na verdade, são as consequências do estabelecimento do estado de Israel em 1948.


O conflito na Ucrânia escondeu (por meio do mídia no oeste) os conflitos no Oriente Médio, com consequências extremamente perigosas para toda a humanidade. O que está acontecendo agora? Há um texto da profecia de Daniel, que apenas precede a menção da futura grande tribulação: "Mas haverá notícias procedentes do leste e do norte que o perturbarão, e ele sairá com grande furor para aniquilar e entregar muitos à destruição. Armará suas tendas reais entre o grande mar e o monte santo da Terra Gloriosa; e chegará ao seu fim, e não haverá quem o ajude" (Daniel 11:44,45). Esta profecia mostra uma situação conflitante no norte e no leste. O norte representa a Síria, que inclui o Líbano. Que vínculo há entre esses dois países, em particular, o Líbano, e leste. Para entender qual nação está ligada ao Líbano e à Síria, é apropriado resumir muito brevemente as forças que estiveram presentes no Oriente Médio até 8 de dezembro de 2024 (data da queda do regime sírio de Bashar al-Assad).


Israel é uma nação vassala dos Estados Unidos. O Egito, no sudoeste, é um aliado objetivo dos Estados Unidos. Os países do Golfo (muçulmanos sunitas) são aliados objetivos dos Estados Unidos. Além da situação explosiva entre a nação de Israel e o povo palestino na Faixa de Gaza, através do Hamas (muçulmanos sunitas), há um conflito entre os muçulmanos sunitas e os muçulmanos xiitas, particularmente no Iêmen, com a Arábia Saudita. Por que evocar esse conflito? Porque o Irã era um aliado objetivo das forças iemenitas em oposição à Arábia Saudita. O Irã, é um país do leste, era o primeiro poder político e militar no Oriente Médio. O Hezbollah era uma milícia, localizada no sul do Líbano, financiada pelo Irã. Assim, esse vínculo entre o norte e o leste em conflito com Israel é a Síria e o Líbano, com o Irã. Israel era pego em dois conflitos, um na Faixa de Gaza e ao o Hezbollah, localizado no sul do Líbano.


Atualmente, desde 8 de dezembro de 2024, as forças presentes mudaram completamente. A influência política e militar russa e iraniana diminuirá significativamente (até desaparecerá completamente). O Hezbollah e o Hamas correm o risco de desaparecer como milícias armadas organizadas (sua resistência provavelmente será mais esporádica). Os americanos instalaram um regime jihadista sunita na Síria (próximo à Irmandade Muçulmana), no norte, de frente para Israel. Agora (no 8 de dezembro de 2024), as principais forças presentes são os Estados Unidos, Israel e Turquia. É provável que a instabilidade global no Oriente Médio só piore, de acordo com a profecia de Daniel. É desta localização geográfica que virá o início da grande tribulação (Daniel 11:44,45 a 12:1). Uma explicação muito mais detalhada desta profecia de Daniel (capítulo 11 a 12:1,2) estão abaixo.


Introdução

Como compreender a coerência geral da profecia de Daniel capítulo 11 sobre dos dois reis?

É importante manter-se, quanto possível, no contexto geral da profecia de Daniel, particularmente nos capítulos: 2, 4, 7, 8. Ajudará a ter as chaves da compreensão desta profecia complexa. Essas chaves são dadas por Jeová Deus, através de Jesus Cristo (1 Coríntios 2:16).

Devemos entender que o anjo de Jeová, na sua narrativa profética, está focando o tema central do livro profético de Daniel: a restauração da soberania de Jeová Deus, na terra e o desaparecimento da soberania de Satanás representada pela dominação humana (sem Deus) na terra (Daniel 2:34, 44; 7:14). Portanto, o anjo de Jeová, no relato, deu uma atenção especial aos "santos do Supremo", "o povo constituído dos santos", "os filhos de teu povo", ou seja, os seres humanos, mesmo às custas da sua vida, foram fieis à soberania de Deus (Daniel 7: 17,18,21,22,25,26,27, 8:24; 12:1; 11: 32-35; 12: 3,10). A Congregação dos santos é chamada de "o lugar estabelecido do Seu santuário", em conexão com o templo espiritual (Daniel 8:13, 14, 9:26). O serviço sagrado dos santos é chamado "o sacrifício constante" (Daniel 8:10-14; 11: 30,31; 12:11). A relação especial entre os santos com Deus é chamada o  "pacto sagrado" (Daniel 11:28-30).

Devemos entender que essa profecia é focada no antigo território de Israel, como um símbolo, no passado, da soberania de Jeová na terra. Particularmente após a Segunda Guerra Mundial (1948), na última parte da profecia, a narrativa mostra que o centro de atenção dos acontecimentos dramáticos no mundo, que levará para a grande tribulação, vai acontecer na antiga terra prometida, a "Terra Gloriosa" (Daniel 11:44 -12:1).

No começo da profecia, o rei do Norte, o "Norte" é em relação no lugar geográfico de Israel como "Terra Gloriosa", que é a Síria. O rei do Sul é o mesmo, o Sul é o Egito. Embora a frente do conflito entre os dois reis, mudou-se, ao longo dos séculos, particularmente na Europa Ocidental, a profecia no âmbito da narrativa de Daniel 11, é verdadeiramente "circular": começa em Israel (no Oriente Médio) e tem e terá o cumprimento final, de forma literal, geograficamente, em Israel (no Oriente Médio), e como ponto de partida da grande tribulação (Daniel 11:43-45; 12:1).

Outro ponto importante sobre a mudança de identidade dos dois reis que representam dinastias: há apenas uma, conectada com as potências mundiais (A potência Grega com a Romana). Ou seja, o conflito entre os dois reis começa sob o poder do mundo grego com duas dinastias dos reis: O rei do Norte, o rei sírio Seleuco I Nicátor e sua dinastia, e o rei do Sul, o rei egípcio Ptolomeu Lago I, e sua dinastia.

Então, de acordo com a profecia de Daniel 2, 7, 8, esta potência mundial grega, é suplantada pela romana, até os nossos dias (como Antiguidade Tardia Romana). Portanto, foi nesse momento que a identidade dos dois reis mudou. Não nos esqueçamos, de que de acordo com o contexto geral da profecia de Daniel, estes dois reis estão em conflito, no âmbito desta Antiguidade Tardia Romana. O rei do Sul é também a expressão da Antiguidade Tardia Romana "Ocidental", particularmente representada, agora, pelos Estados Unidos como uma potência mundial e o Israel e o Egito, como representantes deste imperialismo ocidental, no Oriente Médio. O rei do Norte é a representação da Antiguidade Tardia Romana Oriental a parte germânica do território.

Último ponto muito importante, que permite compreender que a identidade dos dois reis não vai mudar após a primeira mudança, de qualquer forma, de acordo com o anjo de Jeová: A narrativa do conflito entre estes dois reis, termina com a vitória do rei do Sul, no final da Segunda Guerra Mundial e com a fundação do moderno estado de Israel (em 1948), sendo o representante deste rei do Sul no Oriente Médio (Daniel 11:40-43). Depois, o anjo de Jeová enfoca sua narrativa sobre as consequências, no mundo, do estabelecimento do estado de Israel (em 1948), no Médio Oriente, que conduzirá à grande tribulação (Daniel 11:44-12:1).

A PRIMEIRA IDENTIDADE DO DOS DOIS REIS

O rei do Norte, o rei sírio Seleuco I Nicátor, e sua dinastia
O rei do Sul, o rei egípcio Ptolemeu Lago I, e sua dinastia

O rei do Norte, o rei sírio Seleuco I Nicátor, e sua dinastia
O rei do Sul, o rei egípcio Ptolemeu Lago I, e sua dinastia

Explicação

A profecia dos dois reis está escrita em Daniel 11:5-45. A soberania humana é representada como uma estátua de homem em Daniel 2. O Reino simbolizado pelo cobre é a Grécia, enquanto o Reino simbolizado pelo ferro é o Império Romano, que dura até hoje (Daniel 2:32 b, 33,39-43). Porque o cobre situa-se tanto na barriga e nas coxas, isso significa que, finalmente, o Império grego seria mais tarde principalmente dividido em duas partes. E é precisamente dentro deste império dividido em duas partes, que começa essa rivalidade mundial binária, entre o rei do Norte e o rei do Sul.

Antes a bipolaridade mundial deste conflito, durante séculos, outra profecia de Daniel, explica como este império grego representado pelo grande chifre (Alexandre o Grande), depois, seria dividido, em quatro partes (compare Daniel 8:5,8 e 11:3,4) (A profecia do último rei humano). No entanto, esta divisão em quatro partes, finalmente, se tornaria, em duas partes no Império grego (Então, entendemos, com a ajuda de Deus, que a comparação desta profecia muito complexa, com as outras profecias dos capítulos de Daniel 2,7,8, ajudará a entender a coerência geral da resolução desta profecia).

A primeira identidade dos dois reis

Com essas duas dinastias, sendo um da Síria (Norte) e o outro do Egito (Sul), começa este conflito mundial bipolar (Daniel 11: 5-19), com a “Terra Gloriosa”, Israel, como centro geográfico real (e não espiritual), desde o início e até a conclusão desta profecia... A história nos informa que estes dois países, a Síria e o Egito vão cair sob o domínio romano. Depois, a continuação da história desses dois futuros novos reis, será feito no contexto da evolução histórica do Império Romano, durante os séculos. E é neste contexto que deve ser colocada em perspectiva esta profecia de Daniel 11:20-45, para compreender a coerência geral da resolução do enigma bíblico.

A PAX ROMANA

A

A "Pax Romana" (Paz Romana), " Durante a despreocupação" (Daniel 11:24a)

“E na sua posição terá de erguer-se alguém que fará um exator passar pelo esplendoroso reino e em poucos dias será destroçado, mas não em ira nem em guerra” (Daniel 11:20).

Este versículo é uma ruptura com o início da história desta saga profética, e até o verso 24, não é mencionado o rei do Norte e o rei do Sul. É um período de transição da história do mundo, no contexto do conflito entre estes dois reis, por três razões:

A primeira razão é que o Império Romano torna-se a potência mundial, substituindo o império grego. Agora, o futuro rei do Norte e o rei do Sul será no novo contexto histórico da dominação romana em todo o mundo, até o fim (Daniel 12:1).

A segunda razão é que, no início, o Império Romano domina tanto no território do rei do Norte (de origem), Síria e do rei do Sul (de origem), Egito e também na “Terra Gloriosa”, Israel.

A terceira razão, este período é chamado a "Pax Romana" (Paz Romana), " Durante a despreocupação" (Daniel 11:24a). Daniel 11:20-24 é, claramente, a transição da "Pax Romana" (30 AEC - 180 CE). No entanto, este período de "Pax Romana", foi "relativa" porque "Roma sempre estava engajado em batalha contra os povos e tribos na periferia, incluindo os povos germânicos e Parthian (nordeste do Irã)" (Wikipedia 'Pax Romana'). Essas informações, especialmente sobre o conflito com os "povos germânicos", são importantes porque permite compreender o início do conflito aberto entre os dois futuros reis neste território do Império Romano. Permitirá entender quais são as identidades respetivas dos dois reis.

A SEGUNDA E ÚLTIMA IDENTIDADE DOS DOIS REIS

O Império Romano do Oriente (na parte Germânica), representa o rei do Norte e o Império Romano do Ocidente, o rei do Sul

O Império Romano do Oriente (na parte Germânica), representa o rei do Norte e o Império Romano do Ocidente, o rei do Sul

Para determinar a identidade muito genérica destes dois reis até aos nossos dias, devemos rever o esboço histórico do Império Romano. A dificuldade é saber a identidade bíblica adequada que seria uma expressão genérica da identidade do futuro rei do Norte e o rei do Sul. Para isso, é importante saber que o Império Romano definitivamente será dividido em dois territórios em todo o mundo:

Como o Império Romano é dividido em dois territórios em todo o mundo, a questão é: quem são os respectivos reis dos dois impérios Romanos, Império Romano do Oriente e do Ocidente? Para saber isso, é preciso ler Daniel 11:25, 26:

“E ele despertará seu poder e seu coração contra o rei do sul, com uma grande força militar; e o rei do sul, da sua parte, excitar-se-á para a guerra com uma força militar extraordinariamente grande e poderosa. E ele não se manterá de pé, porque maquinarão ardis contra os seus ardis. E os mesmos que comem os seus petiscos causarão a sua derrocada. “E quanto à sua força militar, será levada de enxurrada e muitos hão de cair mortos” (Daniel 11:25,26).

Está escrito que o rei do Norte que toma a iniciativa do conflito. Segundo a Historia, os povos germânicos provocaram a queda do império Romano de Ocidente em 476 EC. É lógico pensar, então que o Império Romano do Oriente (na parte Germânica), representa o rei do Norte e o Império Romano do Ocidente, o rei do Sul.

Finalmente os povos germânicos vão impor a sua superioridade militar sobre o Império Romano do Ocidente em 476 C.E, e incorporar formalmente o Império Romano do Oriente em 480 C.E. O segundo fator que causou a perda do Império Romano do Ocidente é descrito como uma decadência: "os mesmos que comem os seus petiscos causarão a sua derrocada".

Em toda Europa ocidental as dinastias de origem germânica vão dominar em superioridade continental de rei do Norte: a dinastia dos merovíngios (século V até meados do VIII). Depois, a dinastia Carolíngia (751 ao século X). Após Carlos Magno, haverá dois reinos : O Reino da França, no Oeste (no reinado da dinastia capetiana (987-1792)). Na Europa de Leste, o Sacro Império Romano (962-1806), o Império prussiano de 1871 a 1918. Os dois reinos são apoiados pelos papas romanos, demonstrando que os principais vetores da Antiguidade Tardia Romana foram políticos e religiosos.

Daniel 11:25-28, descreve a superioridade do rei do Norte (germânico) de 476 a 1914, principalmente uma superioridade continental de Europa (Prússia e Áustria-Hungria). Daniel 11:30 comparado com Daniel 7:8,20,24 descreve a superioridade do rei do Sul como força marítima, os “navíos de Quitim”, que lutaram mais tarde, contra o rei do Norte. O que demostra que o rei do Sul, é principalmente descrito como uma potência marítima. Daniel 7:8,20,24 refere-se à área de influência ocidental romanizada, o rei do Sul, França, Espanha (Portugal e Holanda) e Grã-Bretanha, em expansão, particularmente desde a descoberta das Américas em 1492. Esses três reinos ocidentais romanizados vão progressivamente ser suplantados pelos Estados Unidos, no final da Primeira Guerra Mundial, e definitivamente no final da Segunda Guerra Mundial. E a profecia de Daniel 11:25-28, descreve uma superioridade continental do rei do Norte, Germânico em Europa, antes de 1914.

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

“Retornará no tempo designado e virá realmente contra o sul; mas no fim não virá a ser como foi no princípio. E certamente virão contra ele os navios de Quitim e ele terá de ficar desalentado” (Daniel 11:29-30a)

“Retornará no tempo designado e virá realmente contra o sul; mas no fim não virá a ser como foi no princípio. E certamente virão contra ele os navios de Quitim e ele terá de ficar desalentado” (Daniel 11:29-30a)

A Primeira Guerra Mundial (1914-18): Retornará no tempo designado e virá realmente contra o sul; mas no fim não virá a ser como foi no princípio. E certamente virão contra ele os navios de Quitim e ele terá de ficar desalentado” (Daniel 11:29-30a).

Em 1914, o rei do Norte germânico (Junto com o império Austro-Hungria e outras nações de Europa oriental), toma a iniciativa de uma campanha militar contra o rei do Sul ocidental (França, Inglaterra e Estados Unidos (e muitas outras nações principalmente ocidentais)). Mas os "navios de Quitim," as forças marítimas do rei do Sul, “desencorajaram” o rei do Norte germânico, no final da Primeira Guerra Mundial em 1918.  Neste caso, os “navios de Quitim” do rei do Sul representam, principalmente as forças marítimas de Estados-Unidos e Grã-Bretanha que ajudaram os exércitos franceses na guerra contra Alemanha. É o Tratado de versalhes que humilhará o povo alemão (rei do Norte), e os empurrará para retomar o conflito com a segunda guerra mundial.

A SUPREMACIA DO REI DO NORTE NA PRIMEIRA PARTE DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1944)

Dos versículos 30b até 35, é a descrição da atitude blasfemadora que teve particularmente Hitler, fazendo-se passar por um deus romano que o povo de Alemanha tinha que “adorar”, e “erguer-se-ão braços procedentes dele; e eles hão de profanar o santuário”. Sim, o povo de Alemanha usaram os seus “braços” para “profanar o santuário” e adorar um simples homem em vez de adorar a Deus

Dos versículos 30b até 35, é a descrição da atitude blasfemadora que teve particularmente Hitler, fazendo-se passar por um deus romano que o povo de Alemanha tinha que “adorar”, e “erguer-se-ão braços procedentes dele; e eles hão de profanar o santuário”. Sim, o povo de Alemanha usaram os seus “braços” para “profanar o santuário” e adorar um simples homem em vez de adorar a Deus

“E ele realmente voltará e lançará verberações contra o pacto sagrado e agirá com eficiência; e terá de voltar e dará consideração aos que abandonam o pacto sagrado. E erguer-se-ão braços procedentes dele; e eles hão de profanar o santuário, o baluarte, e remover o sacrifício contínuo. “E hão de constituir a coisa repugnante que causa desolação. “E os que agirem iniquamente contra o pacto, ele levará à apostasia por meio de palavras macias. Mas, quanto ao povo que conhece seu Deus, eles prevalecerão e agirão com eficiência. E quanto aos que dentre o povo tiverem perspicácia, darão entendimento a muitos. E certamente se fará que tropecem, pela espada e pela chama, pelo cativeiro e pelo saque, por alguns dias. Mas, quando se fizer que tropecem serão ajudados com um pouco de ajuda; e muitos hão de juntar-se a eles por meio de insídia. E far-se-á que tropecem alguns dos que têm perspicácia, a fim de se fazer uma obra de refinação por causa deles, e para se fazer uma limpeza e um embranquecimento, até o tempo do fim; porque é ainda para o tempo designado.

“E o rei fará realmente segundo o seu bel-prazer, e ele se enaltecerá e magnificará acima de todo deus; e falará coisas prodigiosas contra o Deus dos deuses. E certamente se mostrará bem sucedido até ter acabado a verberação; porque a coisa determinada terá de ser feita. E não dará consideração ao Deus de seus pais; e não dará consideração ao desejo de mulheres, nem a todo outro deus, porém, magnificar-se-á acima de todos os outros. Mas dará glória ao deus dos baluartes, na sua posição; e dará glória a um deus que seus pais não conheceram, por meio de ouro, e por meio de prata, e por meio de pedras preciosas, e por meio de coisas desejáveis. E agirá com eficiência contra os baluartes mais fortificados, junto com um deus estrangeiro. Àquele que lhe der reconhecimento ele fará abundar com glória, e realmente fará tais dominar entre muitos; e repartirá o solo por um preço” (Daniel 11:30b-39).

Dos versículos 30b até 35, é a descrição da atitude blasfemadora que teve particularmente Hitler, fazendo-se passar por um deus romano que o povo de Alemanha tinha que “adorar”, e “erguer-se-ão braços procedentes dele; e eles hão de profanar o santuário”. Sim, o povo de Alemanha usaram os seus “braços” para “profanar o santuário” e adorar um simples homem em vez de adorar a Deus. Este rei humano matou a muitos santos, nos campos de concentração.

“Constituiram a coisa repugnante que causa desolação”: De acordo com Jesus Cristo, "a coisa repugnante que causa desolação" representa "exércitos" que destroem (Mateus 24:15). Com a industria, os alemães reconstruíram todo o exército com o seu armamento sofisticado. Os versículos 36-39, mostram a atitude arrogante deste rei do Norte, no momento da sua superioridade militar na primeira parte da segunda guerra mundial de 1939-1944.

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

NA PARTE DO ATAQUE DO REI DO SUL (1944-1945)

A segunda fase da Segunda Guerra Mundial: o rei do Sul ataca com

A segunda fase da Segunda Guerra Mundial: o rei do Sul ataca com "empurrões". É a invasão de Europa de Oeste pelos Aliados Anglo-Americanos, no 6 de junho de 1944

“No tempo do fim, o rei do sul se envolverá com ele em uma troca de empurrões, e o rei do norte virá sobre ele como uma tempestade, com carros de guerra, cavaleiros e muitos navios; ele entrará nas terras e arrasará tudo como uma inundação” (Daniel 11:40).

Aqui temos a segunda fase da Segunda Guerra Mundial: o rei do Sul ataca com "empurrões". É a invasão de Europa de Oeste pelos Aliados Anglo-Americanos, no 6 de junho de 1944. Na frente, os exércitos alemães, do rei do Norte, contra-ataca com uma “tempestade”, com forças militares, para deter esse desembarque. Também durante a ofensiva das Ardenas (uma batalha de 40 dias), durante o inverno 1944 (na França), que causou baixas significativas entre soldados aliados americanos, do rei do Sul. A formulação muito ambígua do anjo, dá a entender, que é o rei do Norte que prevalece. Não é assim, por várias razões:

Share this page

Primeiro, se dermos atenção à narrativa do anjo de Jeová, ele diz que é o rei do Sul quem toma a iniciativa do ataque contra o rei do Norte com "empurrões". Em seguida, descreve a reação extremamente violenta rei do Norte.  Então o anjo disse, finalmente, que do rei “vitorioso”, "ele ENTRARÁ nas terras e arrasará tudo como uma inundação".

A pergunta é: Quem queria entrar com “empurrões”? O rei do Sul tomou a iniciativa do ataque. O único objetivo do rei do Norte era “impedir” o êxito dos “empurrões”.  Fica claro que o anjo de Jeová falou do rei do Sul, os exércitos americanos e seus aliados ocidentais quem “entraram” completamente nos territórios antigamente conquistados pelo rei do Norte Alemão, toda a França até invadir o seu país, Alemanha.

Em segundo lugar, a continuação do versículo, o anjo explica as consequências da vitória desse rei, com a sua “entrada” na “Terra Gloriosa”, Israel (Daniel 11:41). O que é a potência mundial que domina militarmente e politicamente o Egito e Israel? Sem dúvida nenhuma, a potência mundial americana que contribui nos orçamentes militares do Egito e de Israel. O que demostra com a Bíblia, e com os fatos históricos, que o anjo de Jeová referiu-se à vitória do rei do Sul americano.

A CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA PELO REI DO SUL 

Houve uma operação (chamada em inglês)

Houve uma operação (chamada em inglês) "Exodus", dos judeus da Europa do Leste e outros países, para a "Terra Gloriosa" com o apoio dos Estados Unidos

“Também entrará na Terra Gloriosa, e muitas terras serão levadas a tropeçar. Mas estes são os que escaparão da sua mão: Edom, Moabe e a parte principal dos amonitas. Ele continuará a estender a mão contra as terras; quanto à terra do Egito, ela não escapará” (Daniel 11:41,42).

Encontramos muito exatamente a enumeração destas três nações, em Deuteronômio 2:1-23. E o contexto geral da passagem de Deuteronômio é o último discurso de Moisés, antes da conquista da terra prometida pelo povo de Israel. Portanto, Daniel 11:41,42, profeticamente ilustra o que aconteceu após da Segunda Guerra Mundial. Esse simbolismo é a ilustração profética do sionismo (o Monte Sião é o lugar onde Jerusalém está, a capital de Israel na época bíblica). Segundo a Bíblia, Deus deu a terra prometida a Israel na época de Moisés (Deuteronômio 2:1-23). Os sionistas judaicos e os sionistas cristãos evangélicos americanos (protestantes fundamentalistas) acreditam que esse mesmo direito divino, que existia no tempo de Moisés, no momento da entrada do povo de Israel na terra prometida, ainda está em vigor. Essa profecia mostra o papel decisivo do rei do sul, a atual potência mundial, na constituição do estado de Israel em 1948, e depois, na conquista da Terra Gloriosa (a atual Palestina)

A potência mundial americana desempenhou um papel político determinante para que o povo judeu tivera um estado independente e reconhecido pela ONU. A ajuda financeira para a compra de armas através da diáspora judaica americana (representada pela Agência Judaica), desempenhou um papel muito importante na superioridade militar de Israel contra os vários estados árabes. Os conflitos entre árabes e israelenses resultaram, a prazo, no confisco de grande parte dos territórios da Palestina,  habitados pelas populações civis árabes, em três quartos do território (forçados a fugir dos combates sem possibilidade de volta). A nova nação de Israel criada em 1948, está garantindo sua segurança territorial por sua superioridade militar nos vários conflitos, particularmente em relação ao Egito (Guerra dos seis dias (1967)).

Na verdade, o estado de Israel, é o representante do imperialismo dos Estados Unidos, no Médio Oriente. O senhor Arnaud Bauchgrave, repórter do 'Washington Post', disse (em um documentário francês dirigido por William Karel): "Israel é o Estado 51, da União". Para entender a conclusão da história do anjo do senhor, no final da profecia, deve-se compreender que o Israel atual, é o representante dos Estados Unidos no Oriente Médio e, portanto, atua, na verdade, como representante do rei do Sul Ocidental nesta parte do mundo. Como escreveu o Jean-Charles Jauffret Professor do Instituto de estudos políticos de Aix-en-Provence (França):

"Israel hoje é uma"Cidadela"do imperialismo americano no Oriente Médio". Esta imagem é o resultado da Aliança do estado Hebraico com os Estados Unidos. No entanto, não foi sempre assim. Sem dúvida, o governo dos Estados Unidos foi o primeiro a reconhecer, na primavera de 1948, o jovem estado. Mas este reconhecimento não foi devido à considerações estratégicas. Estas são as contingências do contexto internacional da guerra fria, conflitos, crises no Oriente Médio, o que explica, em grande medida, à progressiva aproximação dos dois países".

As consequências mundiais da formação do novo estado de Israel

“Também entrará na Terra Gloriosa, e muitas terras serão levadas a tropeçar. Mas estes são os que escaparão da sua mão: Edom, Moabe e a parte principal dos amonitas” (Daniel 11:41).

Na verdade, a criação do estado de Israel teve consequências internacionais que levaram a uma nova forma de conflito com efeitos internacionais: o terrorismo internacional organizado por Estados árabes hostis à criação do estado de Israel. Os ataques terroristas palestinos, da Líbia, junto com as guerras no Oriente Médio, no Líbano, na Síria, no Iraque, com repercussões globais diretas e indiretas, com um grande número de vítimas civis e militares. Na verdade, são as consequências do estabelecimento do estado de Israel em 1948. 

O rei do Sul faz uma política de migração para reforçar a demografia do novo estado de Israel

“E ele reinará sobre os tesouros ocultos de ouro e de prata e sobre todas as coisas preciosas do Egito. E os líbios e os etíopes acompanharão os seus passos” (Daniel 11:43).

A primeira parte do versículo mostra como a potência mundial dos Estados Unidos, representado por Israel, mas também tendo Egito sob controle, tem sido capaz de usar sua influência no Oriente Médio para saquear seus recursos: entre outros o petróleo dos Estados árabes do Golfo. A segunda parte do versículo mostra como o estado de Israel reforçou sua demografia trazendo muitos judeus da diáspora, de muitas nações, como da Líbia ou Etiópia e muitos outros Estados da Europa de Leste, depois da Segunda Guerra Mundial.

O rei do Sul, no Oriente Médio, se preocupa e

causa grande destruição

“Mas haverá notícias procedentes do leste e do norte que o perturbarão, e ele sairá com grande furor para aniquilar e entregar muitos à destruição. Armará suas tendas reais entre o grande mar e o monte santo da Terra Gloriosa; e chegará ao seu fim, e não haverá quem o ajude” (Daniel 11:44,45).

No 2 de agosto de 1990, o exército iraquiano do Levante invadiu o Kuwait. O problema é que esse pequeno estado tem uma importância altamente estratégica, porque é muito rico em recursos petrolíferos que fornecem energia à maioria dos países ocidentais. A invasão deste país desencadeou a maior operação militar contra o Iraque (o antigo lugar da Babilônia). Sob a liderança das Nações Unidas, a Operação Tempestade do Deserto (Operation Desert Storm), com uma coalizão militarizada de 33 países, dos quais os Estados Unidos foram a ponta de lança, causou uma onda de bombardeio no Iraque, sem precedentes, do 18 de janeiro até o 28 de fevereiro de 1991. No final deste primeiro conflito, o Presidente George Bush (Pai) preservou o governo do Presidente Saddam Hussein (A DESTRUIÇÃO DE BABILÔNIA, A GRANDE).


No 20 de março de 2003, o presidente dos Estados Unidos, George Bush (Filho), atacou o Iraque pela segunda vez (Operação Liberdade do Iraque), alegando que Saddam Hussein tinha armas altamente perigosas. Após uma rápida vitória (1.º de maio de 2003), desta vez Saddam Hussein foi morto e deixaram o país não só arruinado, mas em uma situação de guerra civil pontuada por numerosos ataques assassinos. Esta guerra causou caos no Iraque que continua até hoje.


Após os ataques do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, o presidente George Bush (Filho) invadiu o Levante, no Afeganistão, iniciando uma guerra com a ajuda de alguns países aliados ocidentais, de 2001 a 2014. Este país sofrerá exatamente o mesmo caos que no Iraque, com numerosos ataques mortais, até hoje.


Enquanto os Estados Unidos e os países ocidentais, usaram o regime iraquiano e o ditador Saddam Hussein, como baluarte contra a revolução islâmica iraniana, começada em 1979, a destruição total do Iraque causou uma acentuação da preeminência do Irã na maioria dos estados do Golfo e do Oriente Médio. Esta séria ameaça vinda do Levante, desta vez, tinha duas repercussões geográficas, no Levante e no Norte simultaneamente. Os Estados Unidos e Israel suspeitavam que os iranianos, um estado do Levante, de se equipar com uma força de ataque nuclear. Além disso, o país de Israel estava em conflito, no norte, pelo sul do Líbano, com a milícia do Hezbollah, apoiada pelo Irã. Depois de destruir completamente o Iraque (antiga Babilônia), o rei do sul estava preocupado tanto no Levante, no Irã, quanto no norte, no sul do Líbano, pelo Hezbollah, e a guerra na Síria desde 2011.


Desde a revolução árabe (Primavera Árabe) de 2011, os Estados Unidos, apoiados por nações ocidentais, particularmente a França, não cessaram de tentar desestabilizar o regime do governo sírio de Bashar al-Assad. Não há dúvida de que os franceses (com a DGSE) e os Estados Unidos (com a CIA) apoiaram a criação de milícias jihadistas como a Al-Qaeda, a Al-Nosra e o Estado Islâmico (Daesh) (na Síria e no Iraque) para desestabilizar o regime sírio. No entanto, o regime de Bashar al-Assad, apesar dos ataques do Ocidente, permaneceu no poder graças ao apoio dos russos, mas também do Irã. Entretanto, em 8 de dezembro de 2024, os Estados Unidos (desta vez com a Grã-Bretanha (MI6)), auxiliados pelo exército turco, derrubaram o regime sírio de Bashar al-Assad, sem a intervenção dos russos e dos iranianos. Esta situação é claramente uma consequência indireta do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.


Paralelamente à guerra na Síria, vale destacar as consequências devastadoras do ataque do Hamas no 7 de outubro de 2023, que matou um grande número de civis, e o contra-ataque militar de Israel, que desde então invadiu a Faixa de Gaza. Além deste ataque na Faixa de Gaza, há confrontos na Cisjordânia entre colonos israelenses, palestinos e as Forças de Defesa e Segurança de Israel. Somam-se a isso os ataques com biper (pager) no Líbano, ocorridos nos dias do 17 e 18 de setembro de 2024, perpetrados por Israel, que causaram a morte de 37 pessoas e feriram 2.931 pessoas nos dois dias (segundo dados da Anistia Internacional). Esses ataques com biper (pager), realizados por Israel, faziam parte do conflito com o Hezbollah no sul do Líbano. No 23 de setembro de 2024, um ataque israelense contra o Hezbollah no Líbano resultou na morte de 558 pessoas e 1.800 feridos (de acordo com dados da Anistia Internacional).


O ataque contra o regime de Bashar al-Assad ocorreu com os exércitos turcos apoiando as milícias islâmicas de o HTC (Hayat Tahrir Al-Cham). Eles entraram por Aleppo e depois tomaram a cidade de Damasco. Bashar al-Assad foi evacuado pelo exército russo para a Rússia. Ele foi substituído por um islâmico chamado Abu Mohammed al-Joulani. Ele é o antigo número 2 do Daesh (um antigo jihadista da Frente Al-Nosra, Al-Qaeda e do Estado Islâmico (no Iraque)) cuja cabeça foi colocada a um preço de 10 milhões de dólares pelos Estados Unidos, como terrorista . Enquanto Abu Mohammed al-Joulani tomava o poder em Damasco, os israelenses bombardeavam as bases militares sírias, a força aérea e a marinha, a fim de impedir que os islâmicos tomassem esses arsenais militares. Israel aproveitou isso para anexar completamente as Colinas de Golã e todo e o Monte Hermon. Toda a operação militar foi realizada sob a supervisão do Departamento de Estado americano (a "coincidência" do calendário fez com que o general americano Jasper Jeffers estivesse no Líbano cerca duma semana antes do ataque do exército turco (parte da OTAN), apoiando as milícias islâmicas de Abu Mohammed al-Joulani).


Este evento muda completamente a influência das forças presentes, políticas e militares, nesta parte do Oriente Médio. O Hezbollah, como milícia, não tem mais apoio militar direto do Irã. O Hamas está de fato cada vez mais isolado. O Irã (que apoiou o Hezbollah) e a Rússia não apoiaram o regime de Bashar al-Assad contra o ataque dos exércitos turco-jihadistas, por isso entendemos que a partir de agora, sua presença militar cessará nesta área do Oriente Médio (o que tem consequências para a guerra no Iêmen). Espera-se que o futuro se torne cada vez mais sombrio para as populações palestinas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Os impulsos místicos do chefe de Estado israelense podem levá-lo a anexar completamente a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (Grande Israel).


Concluindo esta atualização, o regime de Bashar al-Assad (na Síria) e as milícias do Hezbollah (no sul do Líbano) tinham um efeito mais ou menos estabilizador nesta região. Agora, o fato dos americanos terem instalado jihadistas em Damasco tornará a situação muito mais instável, até mesmo caótica, em nível político e militar, conforme o que está escrito na profecia de Daniel capítulo 11:44,45.

Armará suas tendas reais entre o grande mar e o monte santo da Terra Gloriosa; e chegará ao seu fim, e não haverá quem o ajude

Parece que esse aspecto da profecia se cumpriu em 2018, durante o primeiro mandato do último rei. "O grande mar" é o Mar Mediterrâneo. "O monte santo da Terra Gloriosa" é onde Jerusalém está localizada ((cidade velha), especialmente na parte oriental, onde fica o Monte Sião). A Terra Gloriosa é Israel, a atual Palestina. O cumprimento desta profecia bíblica teria ocorrido em 14 de maio de 2018, durante a inauguração das “tendas reais” do Rei do Sul, a embaixada americana em Israel, localizada exatamente aos pés do “monte santo”, e entre o "grande mar" (o Mar Mediterrâneo) (sul/sudoeste do Monte Sião (cidade velha (Jerusalém Oriental)), entre o bairro de Karyat Moriah (ver Gênesis 22:2 (Moriah), 14 (Jeová Yireh) ), a leste e o distrito de Arnona a oeste (direção "grande mar"). Ela está localizada em Jerusalém Ocidental (que não existia na época em que a profecia de Daniel foi escrita). Portanto, estando um pouco fora da Cidade Velha, as "tendas reais" estão localizadas entre a "Cidade Velha" de Jerusalém (Jerusalém Oriental) e o "Grande Mar", o Mar Mediterrâneo. O cumprimento desta profecia deve ser colocado em perspectiva com o segundo cumprimento da profecia de Jesus Cristo, referente à proximidade da destruição de Jerusalém, durante a futura grande tribulação: "Portanto, quando vocês virem a coisa repugnante que causa desolação, da qual falou Daniel, o profeta, estar num lugar santo (que o leitor use de discernimento), então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes" (Mateus 24: 15,16). O segundo cumprimento desta profecia mostra a proximidade da grande tribulação. Mas antes, a profecia termina sobre o que acontecerá com esse rei do sul: "chegará ao seu fim, e não haverá quem o ajude" (Daniel 11:45b). Para entender melhor o significado dessa conclusão, podemos nos referir ao que está escrito em outra profecia de Daniel, a respeito do último rei desta atual potência mundial, que representa o rei do sul: "Ele até mesmo se levantará contra o Príncipe dos príncipes, mas será destroçado sem a intervenção de mãos humanas" (Daniel 8:25). Entendemos melhor a frase "não haverá quem o ajude". No dia da grande tribulação, quem poderá enfrentar o Rei Jesus Cristo e seus anjos (Mateus 25:31) (A NOVA JERUSALÉM).


O Sionismo Protestante Fundamentalista Americano


O professor Henry Laurens, titular da cátedra de "História Contemporânea do Mundo Árabe" no "Collège de France" (desde 1º de setembro de 2003), ilustrou bem num de seus cursos, o que é o Sionismo Protestante Fundamentalista Americano, da seguinte maneira:


"Quando Netanyahu chegou a Washington no 20 de janeiro de 1998, seus primeiros contatos foram com seus amigos republicanos, o presidente da Câmara dos Representantes (nome) e Jeremy Falwell, um pregador fundamentalista à frente dum verdadeiro império na mídia. O Likud (partido político de direita israelense (sionista e de segurança)), joga a carta do fundamentalismo protestante ao máximo, que vê no apoio ao Estado judeu, uma obrigação cristã em tom milenarista. Lembro a vocês o que é chamado de "sionismo cristão", que é uma longa tradição dentro da história do protestantismo que é chamada de cumprimento das profecias, já que essa tradição milenar surgiu na Inglaterra de Cromwell em meados do século XVII e o grande protestante francês Jurieu escreveu um livro no final do século XVII que trata precisamente do cumprimento das profecias. E neste cumprimento das profecias, os judeus devem ir para a Terra Santa como passo em direção ao advento do milênio, o que é algo desejável. Este pacto político-religioso é determinado na recusa de qualquer abandono da terra de Israel e faz do islamismo um inimigo comum de judeus e cristãos" (A Questão da Palestina - O Fracasso dum Processo de Paz (29 de novembro de 2013)).


O trecho deste curso explica de forma muito concisa e ao mesmo tempo bastante completa esse jogo de engano entre os judeus sionistas do partido Likud (em Israel) e os cristãos protestantes fundamentalistas do partido Republicano (nos Estados Unidos) e a fonte de tensão com os povos árabes de fé muçulmana, sejam eles sunitas (Hamas na Faixa de Gaza), xiitas (Hezbollah no Líbano apoiado pelo Irã) e alauitas (na Síria) (para não mencionar os múltiplos grupos paramilitares (jihadistas sunitas na Síria ou em direção à fronteira sírio-libanesa) (O Likud é uma reminiscência do Irgun, um grupo sionista paramilitar de extrema direita das décadas de 1930 e 1940. O Haganah era um partido sionista paramilitar marxista de extrema esquerda das décadas de 1920 a 1940).


Neste extrato notará datas muito antigas, do 20 de janeiro de 1998, e a data deste curso dado no 29 de novembro de 2013, pelo Historiador e Professor Henry Laurens, no "Collège de France", e apesar de tudo, não tem envelhecido de forma alguma. As ações políticas e militares dos sionistas israelenses e dos americanos não mudaram. Desde o ataque do Hamas no 7 de outubro de 2023, a resposta do senhor Netanyahu, chefe de Estado israelense, à Faixa de Gaza, parece seguir a lógica ideológica do Grande Israel, do antigo partido político fascista do Irgun, ao anexá-la e eventualmente deportando os palestinos para o Sinai. Essa mesma lógica de expropriação do povo árabe, representado pelos palestinos, também está sendo aplicada na Cisjordânia. A queda de Bashar al-Assad em 8 de dezembro de 2024, apoiada pelos Estados Unidos, não augura nada de bom para as populações civis árabes da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, privadas dos seus aliados na Síria, no Irão e no Hezbollah como um todo, milícia organizada no sul do Líbano.


Voltemos por um momento a um trecho da profecia de Daniel para entender em detalhes o que está acontecendo no Oriente Médio: “Também entrará na Terra Gloriosa, e muitas terras serão levadas a tropeçar. Mas estes são os que escaparão da sua mão: Edom, Moabe e a parte principal dos amonitas. Ele continuará a estender a mão contra as terras; quanto à terra do Egito, ela não escapará. E ele reinará sobre os tesouros ocultos de ouro e de prata e sobre todas as coisas preciosas do Egito. E os líbios e os etíopes acompanharão os seus passos" (Daniel 11:41-43).


- O primeiro ponto de entendimento é que temos a confirmação de que esta é de fato a descrição das ações do rei do Sul (e não do rei do Norte). Os eventos do 8 de dezembro de 2024 demonstraram que os Estados Unidos (e não a Rússia) são atualmente os mestres do jogo (com Israel) no Oriente Médio: "No tempo do fim, o rei do sul se envolverá com ele em uma troca de empurrões, e o rei do norte virá sobre ele como uma tempestade, com carros de guerra, cavaleiros e muitos navios; ele entrará nas terras e arrasará tudo como uma inundação" (Daniel 11:40).


- O segundo ponto de entendimento é que a ideologia da conquista do país da "Terra Gloriosa" por Israel, nação representante do imperialismo dos Estados Unidos (o rei do Sul), no Oriente Médio, é confirmada na pessoa do senhor Netanyahu, que aparentemente continua sua política de conquista do Grande Israel (versículo 41).


- O terceiro ponto de entendimento é a ideologia da pilhagem americana no Oriente Médio (não da nação de Israel): tomar o controle dos poços de petróleo e gás para que suas multinacionais possam explorá-los. A queda de Bashar al-Assad no 8 de dezembro de 2024, está inteiramente alinhada com essa lógica de pilhagem dos recursos de petróleo e gás da Síria (versículo 43).


Vale a pena repetir o seguinte ponto em conexão com os eventos de 8 de dezembro de 2024: o governo de Bashar al-Assad (na Síria) e as milícias do Hezbollah (no sul do Líbano) tiveram um efeito mais ou menos estabilizador nesta região. Agora, o fato dos americanos terem instalado jihadistas em Damasco tornará a situação muito mais instável, até mesmo caótica, em nível político e militar, de acordo com o que está escrito na profecia de Daniel capítulo 11:44,45.


Jesus Cristo, quando pronunciou sua profecia sobre os últimos dias (Mateus capítulos 24 e 25, Marcos 13 e Lucas 21), usou uma expressão para designar os exércitos romanos da sua época: "Portanto, quando vocês virem a coisa repugnante que causa desolação, da qual falou Daniel, o profeta, estar num lugar santo" (Mateus 24:15). As nações ocidentais que deram origem aos Estados Unidos são uma reminiscência do mundo romano da época de Jesus Cristo. Então a atual "coisa repugnante que causa desolação" e caos não é outra senão o exército dos Estados Unidos. As ações desastrosas do rei do Sul levarão diretamente aos eventos proféticos descritos em Daniel 12:1: “Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe que está de pé a favor do povo a que você pertence. E haverá um tempo de aflição como nunca houve, desde que começou a existir nação até aquele tempo".

"Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe que está de pé a favor do povo a que você pertence. E haverá um tempo de aflição como nunca houve, desde que começou a existir nação até aquele tempo. Naquele tempo seu povo escapará, todo aquele que se achar inscrito no livro"

(Daniel 12:1)

"Naquele tempo", mencionado na profecia, parece começar no momento em que o rei do sul começou a se comportar de maneira extremamente destrutiva, mencionado no versículo 11:44. Este período começou, portanto, no início de 1991, na época da primeira Guerra do Golfo (Operação Tempestade no Deserto), e terminará na grande tribulação mencionada na passagem bíblica acima. As pessoas que escapam a essa grande aflição são designadas no livro de Apocalipse, como sendo a grande multidão: "Depois disso eu vi uma grande multidão, que nenhum homem era capaz de contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de compridas vestes brancas, e havia folhas de palmeiras nas suas mãos. (...) Assim, eu lhe disse imediatamente: “Meu senhor, é o senhor quem sabe.” Ele me disse: “Esses são os que saem da grande tribulação; eles lavaram suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro"" (Apocalipse 7:9-17).

De acordo com a profecia de Zacarias 13:8,9, Deus profeticamente fixou o tamanho dessa grande multidão, de seu povo: um terço da humanidade atual sobreviverá à grande tribulação: "E, em toda esta terra”, diz Jeová, “Dois terços serão eliminados, morrerão; E um terço restará. E eu farei esse um terço passar pelo fogo; Eu os refinarei como se refina a prata E os provarei como se prova o ouro. Eles invocarão o meu nome, E eu lhes responderei. Vou dizer: ‘Eles são o meu povo’, E eles dirão: ‘Jeová é o nosso Deus" (Zacarias 13:8,9).